Paul McCartney anima a semana com show em São Paulo
Por Fabio Zelenski, diretor de marketing do Visite São Paulo, convidado pela assessoria do show para cobertura.
Para os que conhecem bem o destino São Paulo, é muito comum indicar a capital para as mais diversas possibilidades em qualquer dia da semana, em qualquer horário. “A cidade que não dorme, onde é possível achar uma comida libanesa pela madrugada de quarta, um karaokê na tarde de quinta, um noitão em cinema, balada no domingo etc”. Agora, até para os paulistanos mais raízes, é surpreendente ver como Sir Paul McCartney tem o poder, mesmo com um show recente em 2023, há menos de um ano, de mobilizar multidões para uma noite de terça-feira, 15 de outubro, com muitos hits e um Allianz Parque lotado.
Percebe-se que muito do público presente já esteve em outras apresentações, fazendo pequenas comparações e previsões. Assim, já eram esperadas as canções do quarteto de Liverpool, mas também das outras bandas que o baixista integrou, como o Wings, e mesmo sua investida solo (e muito consistente).
Começando pontualmente às 20h, com um longo vídeo que simboliza sua biografia como músico, Paul McCartney segurou muito bem e de forma empolgada o público, com músicas dos Beatles, começando com a “A Hard Day’s Night”, com destaques em momentos intimistas, com “Blackbird” e “Hey Jude”, sempre reverenciando seus antigos companheiros de banda e dando oportunidades para os seus integrantes atuais, com foco ao baterista Abe Laboriel Jr., claramente o mais jovem de todos (ainda que extremamente experiente e com um currículo de dar inveja a qualquer baterista), que transpira alegria a todo momento pela honra que sabe que tem em mãos. Ainda assim, os guitarristas e multi-instrumentistas Rusty Anderson e Brian Ray também têm seus momentos de brilho, como os demais na banda de apoio.
Fotos: @marcoshermes
Mesmo quando tocava músicas menos conhecidas ou do Wings, o público não era perdido, graças a sua qualidade musical hipnótica. O apoteótico momento foi a pirotecnia na gigante “Live and Let Die”. Destaque também para a apresentação da nova “Now and Then”, canção dos Beatles recentemente finalizada com auxílio de Inteligência Artificial.
Com quase três horas de show, o octogenário faz o público curtir, dançar, se emocionar e refletir sobre todo o caminho que o músico percorreu e o que ele simboliza. E pensar sobre o caminho que cada um lá presente está tomando.
Terminando o espetáculo com um “Até Breve” (ainda tem ingressos para o show de hoje à noite, 16 de outubro), Paul tem, no próprio nome, o nome da cidade que o acolhe mesmo se apresentando em um curto intervalo de tempo entre suas vindas, em uma noite de terça cheia de emoções. Um paulistano pode falar agora: “São Paulo tem de tudo. Quer um show do Paul McCartney em uma terça-feira? Tem!”